muitas culturas consideram comidas como bananas, aspargos e cenouras estimulantes eróticos, mas por vezes isso acontece devido apenas ao seu aspecto fálico. O abacate, por exemplo, era chamado de ahuacatl pelos astecas, que significa "testículo". Durante sua colheita, as virgens eram proibidas de sair de casa. Porém algumas comidas realmente possuem caráter afrodisíaco, mas o segredo delas está em sua química e não na forma. Alguns dos conhecidos alimentos eróticos possuem vitaminas e minerais que contribuem para um sistema reprodutor saudável, como as ostras, que são ricas em zinco, mineral usado na produção de testosterona; o aspargo, que possui um formato sugestivo, produz vitamina E, estimulante de hormônios sexuais; e o chocolate, presente tradicional no Dia dos Namorados, possui feniletilamina, que dá sensação de bem-estar e excitação.
Os Maias, e posteriormente os Astecas, acreditavam que o cacau era o alimento dos deuses. Eles torravam os caroços do cacau e então o esmagavam para transformar em pasta. Essa pasta era misturada com temperos, pimenta e aromatizantes, diluída com água, e então bebida ou usada para fazer bolos. Eles usavam o chocolate para obter vigor e força durante as cerimônias religiosas e como afrodisíaco. Cortez experimentou o chocolate e gostou. Depois de retornar à Espanha, em 1527, ele ficou conhecido por manter um pote cheio de chocolate sobre sua mesa.
Freiras cristãs em missão na América Central acreditavam que os poderes diabólicos do chocolate eram devidos à pimenta e temperos, então elas os substituíram por baunilha, açúcar e creme com resultados deliciosos.
Por volta de 1660, as casas de chocolate estavam em voga na Grã Bretanha e a bebida era popular nos círculos da corte francesa. Numa carta datada de 11 de Fevereiro de 1671, a Marquesa de Sevgine aconselhou sua filha a beber chocolate caso não tivesse dormido ou não estivesse sentindo-se bem. Quando depois a sua filha ficou grávida, ela culpou o chocolate porque a Marquesa de Coetlogon, que ficou famosa por beber quantidades exageradas de chocolate durante a gravidez, deu a luz a um bebê negro. (A cor da pele do bebê foi atribuída ao chocolate e não ao jovem escravo africano que servia a bebida.)